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Uma curadoria das novidades do mundo da tecnologia
com análises sobre os fatos mais importantes

Uma curadoria das novidades do mundo da tecnologia com análises sobre os fatos mais importantes

Postado em:
12 de maio de 2023
|

Celulares e computadores bloqueados remotamente. Informações e sistemas de companhias apagados. Hotéis com as fechaduras eletrônicas das portas dos quartos inoperantes e hóspedes impedidos de entrar ou sair. Cidades com abastecimento elétrico interrompido e milhares de habitantes sem luz e calefação durante horas. Todos os delitos acima são perpetrados por criminosos que só liberam os dados sequestrados depois do pagamento de determinadas quantias. Situações como estas estão atingindo, indiscriminadamente, o cidadão comum, estabelecimentos comerciais, plantas industriais e países inteiros com uma regularidade cada vez maior nos últimos anos. Mas as maiores vítimas são os órgãos públicos e as empresas.

E o Brasil está entre os líderes do ranking mundial de pagamento de resgates, com 55% das empresas brasileiras entrevistadas na pesquisa anual The State of Ransomware admitindo o rendimento à extorsão em troca de sistemas descriptografados. O estudo tem como objetivo monitorar os movimentos dos ataques por ransomware nos mercados do mundo e contou com um universo de 3 mil organizações em 14 países, sendo 200 delas localizadas no Brasil, com receitas anuais de R$ 10 milhões à R$ 5 bilhões. Quase 70% das empresas brasileiras ouvidas pela sondagem internacional da Sophos, empresa global especializada em cibersegurança, sofreram este tipo de ataque, um total 13% superior à 2022.

No ano passado, sua organização foi atingida por ransomware?

Segundo o relatório, 85% das empresas privadas atingidas por ransomware no Brasil disseram que o ataque teve impacto negativo na sua receita. Quatro empresas brasileiras entrevistadas pela Sophos revelaram ter pago entre US$ 1 milhão e US$ 5 milhões (algo entre R$ 4,94 milhões e R$ 24,7 milhões) aos hackers para recuperarem seus dados.

Segundo André Carneiro, diretor geral da Sophos no Brasil, muitas empresas brasileiras ainda têm uma maturidade de segurança baixa e são fáceis de serem atacadas. E como o Brasil é um dos países que mais pagam resgate, há uma grande atração de tentativas de golpes dos criminosos. A análise das principais causas dos ataques de ransomware apontou a exploração de uma vulnerabilidade específica (36% dos casos globais e 48% dos casos brasileiros) como a mais comum, seguida por credenciais comprometidas (29% dos casos gerais e em 19% dos casos no Brasil).

Mas vale lembrar que pessoas físicas também estão sujeitas a ataques. O bom senso é essencial para garantir a segurança e não abrir brechas para invasores. Além dos antivírus, o principal é evitar clicar em links suspeitos na internet, como daquela oferta de emprego milagrosa que vem no WhatsApp ou da promoção inacreditável da TV de 65 polegadas que vem pelo e-mail. Parafraseando Thomas Jefferson, sugiro “O preço da segurança digital é o contínuo controle da curiosidade”.

Beto Largman D - v2

sobre o autor

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Beto Largman

Jornalista e consultor especializado em tecnologia, inovação e novas mídias, é colunista da BandNews FM. Editou o blog Feira Moderna, no site do Jornal O Globo por 17 anos. Participou em programas nos canais Globo, Globonews e Futura. Já fez projetos para o Globo, Vale, Museu do Amanhã, TV Globo, Petrobras e Canal Futura, entre outros

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