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Uma curadoria das novidades do mundo da tecnologia
com análises sobre os fatos mais importantes

Uma curadoria das novidades do mundo da tecnologia com análises sobre os fatos mais importantes

Postado em:
30 de março de 2023
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Estamos vivendo um período singular na história da humanidade: os avanços e a disseminação incrivelmente rápida da inteligência artificial generativa têm despertado inúmeras questões importantíssimas para a sociedade. No lado positivo, há a possibilidade da nova tecnologia ajudar a encontrar a cura do câncer, aliviar humanos de tarefas repetitivas, criar modelos para atenuar a crise climática e aumentar a segurança digital. Mas são os aspectos negativos que estão chamando mais a atenção no momento. Entre as principais questões, pode-se destacar os problemas com a substituição do trabalho humano no mercado de trabalho, a produção de conteúdo que viola os direitos de propriedade intelectual de terceiros, a criação de conteúdos maliciosos, como spam, ataques de phishing ou notícias falsas com viés político e a geração de conteúdos que não são claramente identificados como sendo criados por uma máquina, podendo levar a confusão ou engano.

Vários intelectuais, pensadores, empreendedores e escritores têm manifestado grande preocupação com o uso indiscriminado e não regulamentado dos sistemas de inteligência artificial. O israelense Yuval Harari, autor de Sapiens e Homo Deus, é bem pessimista em artigo escrito esta semana, em parceria com Tristan Harris e Aza Raskin: “A hora de lidar com a inteligência artificial é antes que nossos políticos, nossa economia e nossa vida cotidiana se tornem dependentes dela. A democracia é uma conversa, e a conversa depende da linguagem, e quando a linguagem em si é hackeada, a conversa é interrompida e a democracia se torna insustentável. Se esperarmos que o caos se instale, será tarde demais para remediá-lo”. Já Elon Musk, empresário da SpaceX, Tesla e Twitter, e mais de mil de especialistas mundiais assinaram ontem um documento pedindo uma pausa de seis meses nas pesquisas sobre inteligências artificiais mais poderosas que o ChatGPT 4, a nova versão do ChatGPT lançado pela OpenAI.

É interessante notar como o grande escritor de ficção científica Arthur C. Clarke prevê e avalia a ascensão dos sistemas de inteligência em 1964. “Os sistemas de inteligência artificial vão começar a pensar e superar completamente seus criadores. Isso é deprimente? Não vejo porque deveria ser. Nós substituímos os Cro-Magnons e os Neandertais e temos a certeza de que somos uma evolução. Acho que devemos considerar isso um privilégio, sermos trampolins para o surgimento de coisas mais elevadas. Eu suspeito que a evolução orgânica ou biológica chegou ao fim. E estamos agora no início da evolução inorgânica ou mecânica, que será mil vezes mais rápida”.

Aguardemos, ansiosos, os novos capítulos da nossa história.

Beto Largman D - v2

sobre o autor

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Beto Largman

Jornalista e consultor especializado em tecnologia, inovação e novas mídias, é colunista da BandNews FM. Editou o blog Feira Moderna, no site do Jornal O Globo por 17 anos. Participou em programas nos canais Globo, Globonews e Futura. Já fez projetos para o Globo, Vale, Museu do Amanhã, TV Globo, Petrobras e Canal Futura, entre outros

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